Apenas em 2019 a Microsoft investiu 1 bilhão de dólares na OpenAI, empresa fundada por Elon Musk e Sam Altman e responsável por criar o chatbot ChatGPT e o gerador de imagens DALL-E. No último ano o ChatGPT teve um avanço enorme devido a sua capacidade de responder a perguntas complexas, resumir textos, despertando a curiosidade de muitas pessoas em chatbots e Inteligência Artificial. Entretanto, o tema ainda é cercado por muitas dúvidas, polêmicas, principalmente devido à recente demissão e recontratação do CEO da OpenAI Sam Altman. Portanto, para elucidar esses questionamentos é necessário conhecer melhor o funcionamento dessa ferramenta, bem como, seus riscos.

Como os chatbots funcionam

Os primeiros chatbots surgiram como forma de serviço de perguntas frequentes que conseguiam responder apenas a questionamentos pré-programados e respostas já pré-escritas. Estes necessitavam que os usuários colocassem uma série de palavras-chaves ou frases para direcionar a um tipo de resposta. Eles não podiam responder a perguntas que não fossem projetadas anteriormente por desenvolvedores. Entretanto, essas ferramentas evoluíram e hoje já são confeccionadas com técnicas de IA (machine learning e deep learning) para interpretar padrões e produzir respostas a perguntas mais complexas e conseguem entender melhor qual é a intenção do usuário ao escrever certa frase. Desta forma, eles conseguem simular uma conversação humana com usuário parecendo mais natural

Chatbots e seus usos

Os chatbots utilizam técnicas de NLP (Natural Language Processing) para responder a entradas de áudio, textos e voz humanas com as respostas mais adequadas possíveis. Alguns de seus usos atuais são:

• Atendimento ao Cliente: Muitas empresas já estão utilizando os assistentes virtuais para auxiliar no atendimento ao cliente, facilitando que o consumidor possa tirar suas devidas dúvidas e se necessário redirecionar para um atendimento humano.
• Entretenimento e automatização de tarefas: as assistentes como a Siri da Apple, Google Assistente e Alexa da Amazon conseguem prover informações relevantes ao usuário como por exemplo, a previsão do tempo, tocar uma música requerida, fazer chamadas telefônicas, enviar e-mails, etc.
• JPMorgan está planejando lançar um chatbot capaz de selecionar quais melhores investimentos financeiros um cliente pode fazer.
• Geração de imagens: o DALL-E da OpenAI já consegue criar imagens baseadas em alguma descrição que o usuário.

Riscos nos Usos de Chatbots

1. Os assistentes virtuais podem ser usados para geração de códigos maliciosos por hackers que pretendem fazer ações fraudulentas ou golpes na internet, atacar dispositivos e empresas.
2. Criar mensagem de phishing em e-mails fingindo ser alguma empresa famosa para roubar dados dos usuários, com grafia e design semelhantes.
3. Disseminar informações falsas, já que ferramentas como ChatGPT não apresentam fontes de onde retiram suas informações como o Google.
4. Dificultar a identificação de plágio, pois a ferramenta tem sido muito utilizada por alunos para fazer trabalhos acadêmicos e como produz textos originais que são derivados de um banco de dados textuais de Inteligência Artificial torna difícil identificar. Algumas escolas já estão banindo por WI-Fi o uso do robô.
5. Podem ser utilizados para disseminar preconceitos ou informações tendenciosas, já que são abastecidos com dados advindos da Internet que está recheada de publicações e conteúdos preconceituosos.

Confusões na Direção da OpenAI e o retorno de Sam Altman como CEO

Recentemente Sam Altman foi retirado do comando da OpenAI (gigante da tecnologia responsável pela criação do ChatGPT) e re-contratado como CEO. Segundo fontes da CNN, o fator chave para que Altman fosse “demitido” seria por divergência com o conselho e diretoria da empresa, já que ele planejava avançar as ferramentas da empresa mais agressivamente. Em contrapartida o diretório preferia dar prosseguimento a evolução da ferramenta com mais cautela dado os riscos que ela pode apresentar. Entretanto, a saída do investidor do ramo da tecnologia causou revolta e comoção entre muitos funcionários da empresa que ameaçaram ir com ele para Microsoft em sua nova divisão de pesquisa sobre IA. Então, a empresa decidiu contratá-lo novamente como CEO.

Oportunidades para conhecer mais sobre Chatbots e Inteligência Artificial

Alinhada com as demandas empresariais a PUC-Rio oferece um novo curso de extensão focado em LLMs, ChatBots: Chat GPT, AI generativa, Bert, Prompt Engineer e Hugging Engineering. O TORNADO será utilizado durante o curso e é uma ferramenta , desenvolvida pelo Laboratório de Inteligência Computacional Aplicada da PUC-Rio, capaz de capturar, extrair informações não estruturadas de milhares de documentos de negócios como faturas, tabelas, e-mails, imagens e documentos PDF em geral. Deste modo, você conseguirá obter e analisar dados. É desejável conhecimento básico sobre uso de computadores, arquivos e noções básicas sobre vetores. Será apresentada uma introdução à Linguagem de Programação Python a ser utilizada nos projetos.