Data Centers no Espaço?

3 de julho de 2024

Emanuella Dias Ferreira

Tempo de leitura: 3 minutos

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A Europa está pensando em investir na construção de data centers no espaço. Isto porque os centros de dados de inteligência artificial consomem muito espaço e energia, gerando poluição em solo. Um estudo realizado pela Advanced Space Cloud for European Net zero emission and Data sovereignty (ASCEND), realizou um estudo de 16 meses para determinar se viável tecnologicamente e economicamente, investir na criação de centros digitais no espaço. A pesquisa, que teve um custo de dois milhões de euros e foi coordenada pela Thales Alenia Space, mostrou resultados positivos. “A ideia é reduzir a demanda de energia dos data centers, enviando-os para o espaço para se beneficiar da disponibilidade de energia infinita, que é a energia solar,” diz Damien Dumestier coordenador do projeto.

 

Gastos de energia com IA

Os data centers de IA chegam a gastar 3x vezes mais energia e água do que os data centers normais. Para se ter uma ideia, até 2026 estima-se que serão gastos mais de 1000 terawatts-horas com esses centros, o que equivale ao gastos de energia de todo o Japão. Ao mesmo tempo, a presença desses centros de processamentos de dados são de extrema importância para a era da digitalização e nuvem ao qual estamos vivendo.

 

O planejamento realizado pelo estudo da ASCEND seria lançá-los na órbita terrestre, a uma altitude de cerca de 1400 km o que equivale a 3x a altura da Estação Espacial Internacional. O objetivo seria construir 13 data centers espaciais, cada um com capacidade de 10 megawatts e 6300 m² de superfície até 2036 para começar a comercializar serviços de nuvem. Até 2050 o plano é construir 1300 blocos com capacidade para 1 gigawatts.

 

Aspectos negativos da pesquisa

A ASCEND acredita que isto ajudará que a Europa se torne carbono-neutro até 2050. Eles também têm estudado a criação de foguetes lançadores menos poluentes e eco-friendly. Entretanto, os problemas encontrados são o gosto para com combustíveis dos foguetes para mantê-los em órbita. Calcula-se que para manter um pequeno centro de 1 megawatt precisaria de 280.000 quilogramas de combustível, com um custo por ano de $140 milhões em 2030. 

O estudo e pesquisas promovidas pela ASCEND sobre data centers espaciais não são únicos. Recentemente a Microsoft que anteriormente estava investindo em data centers submersos, tem pensado em investir no espaço também. A ASCEND também representa uma oportunidade para União Europeia conseguir uma vantagem competitiva na corrida pelos melhores ecossistema de IA, em que Estados Unidos e China são os principais players.

 

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Fontes: 

CNBC

 

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