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The New York Times processa OpenAI, mas investe em InteligĂȘncia Artificial
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14 de fevereiro de 2024

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Emanuella Dias Ferreira

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Tempo de leitura: 9 minutos

Um dos maiores jornais do mundo, o The New York Times estĂĄ processando a gigante da tecnologia e criadora do ChatGPT, OpenAI. A motivação para o processo contra a empresa advĂ©m da preocupação do jornal americano esteja utilizando conteĂșdo de suas matĂ©rias jornalĂ­sticas para treinar os LLMs da companhia. O que segundo a empresa seria uma violação de direitos autorais, alĂ©m de atrapalhar o jornalismo de qualidade e diminuir o valor de venda dos conteĂșdos.

Como a IA pode se inserir positivamente ou negativamente na ĂĄrea jornalĂ­stica?


Especialistas apontam a preocupação com o surgimento da InteligĂȘncia Artificial que traga mais desinformação, ao espalhar notĂ­cias falsas. Outra questĂŁo tambĂ©m que os jornalistas se preocupam Ă© a Ă©tica relacionada ao cumprimento dos direitos humanos e a disseminação de conteĂșdos que estimulam o Ăłdio a minorias, jĂĄ que a IA Ă© alimentada por arquivos existentes na Internet que muitas vezes sĂŁo preconceituosos. Recentemente, a cantora Taylor Swift foi alvo de fake news em publicaçÔes criadas via inteligĂȘncia artificial que mostrariam a cantora nua.

Entretanto, outros profissionais apontam que serĂĄ impossĂ­vel evitar a chegada da inteligĂȘncia artificial na ĂĄrea jornalĂ­stica e apontam que ela pode trazer benefĂ­cios e aumentar a produtividade do dia a dia. Por exemplo, ela poderia automatizar tarefas de revisĂŁo e correção ortogrĂĄfica, busca de evidĂȘncias, formatação, melhorar a acessibilidade das notĂ­cias para pessoas com deficiĂȘncia. Desse modo, fazendo com que os jornalistas possam se concentrar na produção e profundidade dos conteĂșdos. Exatamente por isso, apesar das crĂ­ticas o Times tem contratado profissionais de IA, engenheiros, designers e criou uma seção especĂ­fica do jornal para lidar com essas tecnologias.

Por que o conteĂșdo produzido por ferramentas como ChatGPT sĂŁo tĂŁo convincentes a ponto de confundir as pessoas?

O jornalista da USP Herton Abacherli Escobar fez um teste para perguntar ao ChatGPT como a inteligĂȘncia artificial pode se inserir na ĂĄrea jornalĂ­stica. Este por sua vez reproduziu como resposta:
“A inteligĂȘncia artificial Ă© vista por muitos como a prĂłxima fronteira da tecnologia e sua aplicação no jornalismo Ă© um tema cada vez mais discutido. Com a capacidade de processar grandes quantidades de dados e aprender continuamente, a IA pode ajudar a produção de conteĂșdo jornalĂ­stico mais preciso, rĂĄpido e acessĂ­vel.

A IA pode ser usada para automatizar tarefas repetitivas, como a verificação de fatos, a anålise de dados e a produção de notícias em grande escala. Além disso, a tecnologia pode ajudar a detectar e corrigir erros e desinformação, tornando o jornalismo mais confiåvel.

A utilização de robĂŽs jornalistas jĂĄ Ă© uma realidade em algumas empresas de mĂ­dia, mas ainda hĂĄ muito debate sobre a qualidade do conteĂșdo produzido por eles. Enquanto alguns argumentam que a IA pode ser usada para melhorar a precisĂŁo e eficiĂȘncia da produção de notĂ­cias, outros alertam que a tecnologia ainda nĂŁo estĂĄ avançada o suficiente para substituir completamente a investigação jornalĂ­stica humana.

No entanto, a IA pode ser uma ferramenta valiosa para os jornalistas, ajudando-os a acessar informaçÔes de fontes diversas e a analisar dados de maneira mais eficiente. Além disso, a tecnologia pode ser usada para ampliar a diversidade de perspectivas e vozes, permitindo que histórias sejam contadas de maneira mais justa e equilibrada.

Em resumo, a IA tem o potencial de revolucionar a produção de conteĂșdo jornalĂ­stico, mas Ă© importante lembrar que a tecnologia deve ser usada como uma ferramenta complementar e nunca como substituta da investigação humana. A IA pode ajudar a produzir notĂ­cias mais precisas e acessĂ­veis, mas a responsabilidade de garantir a confiabilidade e a integridade da informação continua sendo dos jornalistas”.

Quando perguntado sobre “como a inteligĂȘncia artificial poderĂĄ ser usada para gerar e disseminar notĂ­cias falsas na internet”. Ele respondeu:

“A inteligĂȘncia artificial estĂĄ mudando a forma como as pessoas consomem e compartilham informaçÔes na internet. Infelizmente, essa tecnologia tambĂ©m pode ser usada para disseminar notĂ­cias falsas e desinformação.

De acordo com especialistas em segurança cibernética, as ferramentas de IA, como sistemas de geração de texto e voz, podem ser usadas para criar e espalhar notícias falsas de maneira automatizada e escala. Além disso, a tecnologia de reconhecimento de imagens e vídeo pode ser usada para manipular e distorcer fatos reais, criando informaçÔes falsas que parecem verdadeiras.

Os riscos envolvidos na geração e disseminação de notĂ­cias falsas sĂŁo amplos e preocupantes. A desinformação pode levar a decisĂ”es equivocadas, afetar a opiniĂŁo pĂșblica e atĂ© mesmo provocar instabilidade polĂ­tica e social.

Para combater esses riscos, os especialistas sugerem a implementação de medidas de segurança cibernética mais rigorosas, como a verificação de fontes e a anålise de dados para identificar notícias falsas. Além disso, as plataformas de mídia social precisam ser mais transparentes e responsåveis na divulgação de informaçÔes, e os usuårios devem estar conscientes e críticos sobre as notícias que consomem e compartilham na internet.

Em resumo, a inteligĂȘncia artificial pode ser uma ferramenta poderosa para a geração e disseminação de notĂ­cias falsas, mas tambĂ©m pode ser usada para combater esses riscos. É importante que governos, empresas e indivĂ­duos trabalhem juntos para proteger a integridade da informação e garantir uma internet segura e confiĂĄvel”.

Podemos perceber como o texto respondido Ă© gramaticalmente correto e muito bem produzido, porque esta tecnologia se alimenta de diversos conteĂșdos da internet e produz textos completamente originais para quaisquer perguntas que o usuĂĄrio escreva. Por isso, hĂĄ um grande perigo de que ele produza notĂ­cias falsas ou seja utilizada por pessoas que se identifiquem como autoras de um conteĂșdo que foi produzido totalmente por um robĂŽ. NĂŁo sĂł o The New York Times, mas vĂĄrias empresas estĂŁo colocando restriçÔes para o buscador web da OpenAI de utilizar o conteĂșdo produzido por eles. Entretanto, outras empresas como a Politico e Business Insider estĂŁo formando acordos e parcerias como a companhia criadora do ChatGPT.

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Fontes:
Exame / theverge / contrapontodigita / jornalusp